terça-feira, 29 de maio de 2012

O projeto de Wundt


O projeto de Wundt


Wundt (1832-1920) foi pioneiro na formulação de psicologia como ciência independente, na criação de uma instituição destinada à pesquisa e ao ensino de psicologia e na formação de profissionais de psicologia (que vinham de vários países para estudar com ele). Para wundt a psicologia era uma ciência intermediaria entre as ciências da natureza e as ciências da cultura (sua psicologia social). Ele não estava interessado pelas diferenças individuais entre os sujeitos. Wundt acreditava que os processos superiores da vida mental (como o pensamento, por exemplo) só poderiam ser entendidos por meio de uma análise dos fenômenos culturais, por meio dos produtos sócio-culturais. Na investigação da psicologia social não utilizava o método experimental, mas os métodos comparativos da antropologia e da filosofia.

O projeto de Titchener (1867-1927)


Foi um dos mais famosos alunos de Wundt, principal divulgador de sua obra nos Estado Unidos. Titchener redefine a psicologia, colocando-a apenas no campo das ciências experimentais, e lança-se na busca de justificativas fisiológicas para os fenômenos da vida mental. Ele não nega a existência da mente, mas essa depende e se explica em termos do sistema nervoso. Titchener defende o paralelismo psicofísico, em que atos mentais ocorrem lado a lado a processo psicofisiológicos. Um processo não causa o outro, mas o fisiológico explica o mental. “O psicólogo descreve a experiência em termos psicológicos, mas a explica em termos emprestados de uma ciência natural. Com isso, a psicologia deixa de ser tão independente como pretendia Wundt.” (Figueiredo e Santi, 2004, pág. 62). Titchener deixa de lado toda a psicologia do social de Wundt, pois essa não podia se enquadrar nos termos de uma ciência positiva.

Psicologia funcional


Representada por autores como Dewey (1859-1952), Angel (1869-1949) e Carr (1873-1954), a psicologia funcionalista surge nos Estados Unidos em oposição à psicologia titcheneriana, e redefine da psicologia como sendo uma ciência biológica interessada em estudar os processos, operações e atos psíquicos como formas de interação adaptativa. Para os funcionalistas as operações e processo mentais seriam instrumentos da adaptação e se expressariam claramente nos comportamentos adaptados, e era através da observação desses comportamentos que a mente poderia ser estudada.

O comportamentalismo


Surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, elaborado pelo psicólogo Watson (1878-1952). Ele identifica o objeto da psicologia como sendo o comportamento observável e suas interações com o ambiente; e seu método é a observação e a experimentação. A psicologia passa a ser a “ciência do comportamento observável”, abandonando o interesse na experiência subjetiva individualizada, pois essa não seria acessível aos métodos objetivos da ciência. “O comportamentalismo watsoniano interessa-se exclusivamente pelo comportamento observável, com o objetivo muito prático de prevê-lo e controlá-lo de forma mais eficaz.” (Figueiredo e Santi, 2004, pág. 67)

Psicologia da Gestalt


Surgiu no início do século XX na Alemanha, tendo como principais representantes Wetheimer (1880-1943), Koffka (1886-1941) e Kohler (1887-1967). Partiam da experiência imediata e adotavam o método fenomenológico. Partindo desse método descobriram que os fenômenos mentais eram vividos pelo sujeito sob a forma de estruturas, isto é, sob a forma de relações entre partes que faziam com que a forma resultante fosse mais do que a mera soma das partes. Figueiredo e santi (2004) dizem a psicologia científica dos gestaltistas comporta dois aspectos essências: o reconhecimento da experiência imediata e a preocupação de relacionar essa experiência com a natureza física e biológica e com o mundo dos valores sócio-culturais.

Behaviorismo radical


Desenvolvido pelo psicólogo americano Skinner (1904-1990). Para Skinner as experiências subjetivas não têm nada de imediato, são sempre construídas pela sociedade, o sujeito não é livre, nem mesmo em suas percepções mais íntimas, o mundo privado é uma construção social. A forma de sentir, pensar, desejar, etc. sempre depende de como isso pé ensinado socialmente.

A psicologia cognitivista de Jean Piaget


O psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), ex-biólogo se propôs a estudar a gênese do sujeito levando em conta sua experiência imediata sem reduzi-la a seus condicionantes naturais. Investigava, pelo método clínico, o desenvolvimento das funções cognitivas (da inteligência) e da moralidade (da capacidade de julgar e comportar-se moralmente) nas crianças. Segundo Figueiredo e Santi (2004) o objetivo de Piaget é, antes de tudo, tentar entender a experiência imediata das crianças, como elas “vivem”, percebem e pensam sobre o mundo. Com base nisto, ele procura construir uma teoria que explique essas experiências e porque, ao longo do crescimento, as experiências da criança vão mudando e ela vai “vivendo” o mundo de forma cada vez mais complexa e adaptativa.

A psicanálise de Sigmund Freud


Freud (1856-1939) tinha formação em neurologia, mas abandona o laboratório de fisiologia e se dedica à clínica psicanalítica. Ao receber em sua clínica certos pacientes, Freud se defrontou com a falta de instrumental neurológico para responder ao sofrimento deles. Nesses pacientes, a medicina tradicional não reconhecia a existência de uma doença, pois não podiam identificar neles lesões orgânicas, considerando ilegítimo o sofrimento desses sujeitos. Mas Freud lançou-se a ouvir o sofrimento desses pacientes e a tratar seu sintomas como resultado de uma dinâmica psíquica. Freud define como o objeto de estudo da psicanálise o inconsciente, que por definição não pode é um fenômeno positivo (no sentido de que não é dado diretamente à observação) e cria uma técnica de acesso a esse inconsciente. Ele cria uma nova teoria psicológica e a transforma em um método de tratamento, que entra em contato com as experiências subjetivas individualizadas dos sujeitos. A vivência do sujeito é extremamente valorizada nessa teoria, sendo compreendida e ultrapassada no seu sentido aparente, chega-se a uma experiência mais profunda da experiência imediata.


Fonte: Psicologado


Introdução às Escolas de Pensamento em Psicologia



Durante o fim do século XX, quando a psicologia estava evoluindo como uma disciplina científica distinta, o rumo da nova área foi influenciado por Wilhelm Wundt. Ele estabeleceu metas, objetos de estudo, os métodos e os tópicos para dar forma à nova ciência. Porém Wundt utilizava pensamentos filosóficos e fisiológicos de sua época.
No decorrer do tempo foram surgindo novos pensamentos que eram discordantes do modelo de Wundt. Novas idéias sociais e cientificas se desenvolviam. Por volta de 1900 surgiram novas correntes de pensamento que tinham algumas divergências entre si. A expressão ‘escola de pensamento’ em psicologia refere-se a um grupo de psicólogos que se associam ideologicamente e, algumas vezes, geograficamente com o líder de um movimento. Geralmente, os membros de uma escola de pensamento compartilham da mesma orientação sistemática e teórica e investigam problemas semelhantes.
O estágio do desenvolvimento da ciência, quando ainda se encontra dividida em escolas de pensamento, foi denominado “pré-paradigmático”. Quando a ciência não apresenta mais escolas de pensamento com idéias discordantes, pode-se dizer que alcançou um estágio maduro e avançado que é chamado de “paradigmático”. E a psicologia ainda não alcançou o estágio paradigmático.
As primeiras escolas da psicologia surgiram advindas de protestos contra a posição sistemática dominante. Elas mostravam os pontos fracos da anterior e mostravam “novos conceitos” e estratégias para corrigir as falhas da anterior.
Mas nem sempre os lideres das escolas anteriores ficavam satisfeitos com as idéias das novas escolas. O maior motivo para isso é que os psicólogos de idade mais avançada eram apegados, tanto intelectualmente como emocionalmente, as suas posições e dificilmente aceitavam as mudanças. Os mais novos que não se viam comprometidos com as idéias anteriores partiam para o novo sistema que surgia.
As diferentes escolas de pensamento da psicologia desenvolveram-se durante o curso da história da psicologia, tendo sido cada uma um protesto eficaz contra a anterior. Cada nova escola usava o seu antigo oponente como alvo das investidas para ganhar destaque. Vale salientar que elas criavam novos conceitos, mas também utilizava os conceitos da escola anterior com uma “nova roupagem”.
Iremos aqui abordar as abordagens da psicologia ou ainda escolas do pensamento da psicologia, ou simplesmente, escolas da psicologia, como a psicanálisehumanismobehaviorismo, entre outras mais.



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